sexta-feira, 21 de maio de 2010

Dia sem mexicanos nos EUA: protesto contra a lei anti-imigração

Do Portal Vermelho

Comerciantes da cidade de Nuevo Laredo, na fronteira do México com os Estados Unidos, divulgaram esta semana o programa "Um dia sem mexicanos nos EUA", protesto marcado para esta segunda-feira  (24) contra a questionada lei contra os imigrantes no estado do Arizona.
 
O líder da Câmara Nacional de Comércio (Canaco) de Nuevo Laredo, Emilio Girón, disse que o objetivo do programa é fazer com que os residentes mexicanos da região não visitem o país vizinho. "Queremos que as autoridades americanas vejam que estamos unidos e que eles precisam de nós, tanto como força de trabalho como consumidores", disse Girón.

No último passado 27 de abril a governadora do Arizona, Jan Brewer, aprovou a Lei SB1070, que entra em vigor no final de julho. A norma faz dos imigrantes ilegais criminosos e permite que a polícia detenha sem ordem judicial qualquer pessoa, por conta de sua aparência ou por suspeita de que seja um imigrante.

Durante "o dia sem mexicanos", os comerciantes entregaram panfletos nas imediações da Ponte Internacional Número Uno, que liga Nuevo Laredo a Laredo, no estado americano do Texas.

Girón explicou que a ideia é criar consciência entre a comunidade fronteiriça sobre a necessidade de demonstrar a unidade do povo mexicano contra das leis migratórias dos EUA.

O dirigente destacou que o convite para participação no projeto continuará durante este fim de semana, e a iniciativa começará a ser colocada em prática na segunda-feira pela manhã.

O presidente do México, Felipe Calderón, defendeu no Congresso norte-americano os imigrantes e pediu aos EUA que encarem desafios como a imigração ilegal, o tráfico de drogas e a integração da América do Norte. O presidente condenou novamente a lei no Arizona que, segundo ele, introduz a "terrível ideia de discriminação racial".

Para ele, a imigração ilegal do México para os EUA não é positiva. "Nossas comunidades perdem o melhor de sua gente: a mais trabalhadora, a mais dinâmica, seus líderes", explicou. Além disso, Calderón assegurou que reconhece o direito de qualquer país de fazer cumprir suas leis, mas lembrou que o necessário é "regular um sistema que não funciona".

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