O pró-reitor de Planejamento da Universidade Estadual da Paraíba, professor Rangel Júnior, em nome da Administração Central da Instituição, rebateu, nesta quinta-feira (8), as declarações do presidente da Associação dos Docentes da UEPB (ADUEPB), Cristóvão Andrade, dando conta de que a equipe de auxiliares da Reitoria estaria tentando dar um golpe na entidade sindical.
Segundo o professor, estava prevista para a assembleia dos docentes, realizada na última sexta-feira (3), uma pauta de trabalho a ser votada, mas, ao perder a proposta, o presidente da ADUEPB começou a criar dificuldades para o encaminhamento dos pontos de pauta. Ainda de acordo com Rangel Júnior, não houve participação de representantes da Administração Central no tumulto generalizado que tomou conta da assembleia.
“Vários professores, identificados com a tese que ele apresentou, se posicionaram a frente da mesa da assembleia e fizeram um grande tumulto, pedindo que as propostas não fossem votadas uma contra a outra. Nenhum desses professores era pró-reitor da UEPB. O tumulto foi criado pela mesa e pelas pessoas que se identificaram com sua proposta. Eram apenas 24 pessoas contra 51”, frisou Rangel Júnior, acrescentando que o que incomodou o presidente sindical foi o fato de haver dois terços favoráveis a uma tese e menos de um terço contra.
Para ele, a ADUEPB está sendo muito mal assessorada tecnicamente no que tange as questões orçamentárias - apesar de todos os números estarem à disposição - haja vista as demonstrações de completo desconhecimento da realidade da Universidade, por parte de seu presidente, quando o mesmo vai à imprensa dizer que não há problemas, que a Reitoria tem muito dinheiro e que não dá reajuste por que não quer.
“É simples: nós tínhamos um orçamento previsto de R$ 285 milhões e o Governo decidiu que iria repassar apenas R$ 218 milhões em doze duodécimos fixos. Isso contraria a Lei de Autonomia, fere os princípios das leis que regem os recursos financeiros da UEPB”, enfatizou o professor.
Rangel Júnior acrescentou que apresentou uma proposta tratando da crise da Universidade, assim como Cristóvão Andrade uma outra. No entanto, o presidente da ADUEPB se recusou a colocá-la em votação. “Ao invés de colocar em votação, ficou agindo para que isso não acontecesse”, destacou o pró-reitor de Planejamento.
Na avaliação da Administração Central da UEPB, todos são livres para se manifestar, protestar, fazer greve, trabalhar, reivindicar e participar de suas instâncias de base. “Um docente é chamado para ocupar um cargo de gestor porque é professor e não o inverso. Portanto, sua condição primária é esta: a de professor. A reitora já tem trabalho demais para se ocupar da base sindical e suas divergências. Porém, ao mesmo tempo, deixa claro que respeita e espera reciprocidade dos que ocupam funções de direção ou liderança”, concluiu Rangel Júnior.
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