No último sábado (18), a morte de José Saramago completou um ano e, ao longo dos últimos meses, sua viúva, a jornalista Pilar del Río, "cúmplice" do grande escritor, não deixou de trabalhar pelo "compromisso cívico" que ambos compartilhavam. Em sua casa em Madri, Pilar del Río anunciou que em 2012 será publicado o romance que Saramago deixou inacabado e no qual trabalhava quando morreu. De acordo com a jornalista, "serão os editores" do Prêmio Nobel português que decidirão os detalhes da publicação do livro, que terá lançamento mundial.
Após publicar "Caim", o escritor começou uma nova obra sobre a indústria armamentista e o tráfico de armas, que havia intitulado "Alabardas, alabardas! Espingardas, espingardas!", um verso do poeta e dramaturgo português Gil Vicente.
Nesta semana, Pilar, que comemoraria este mês 25 anos de relacionamento com Saramago, participou de vários atos para lembrar a figura do escritor no primeiro aniversário de sua morte.
O principal deles aconteceu no sábado, em Lisboa, quando suas cinzas foram depositadas em frente ao rio Tejo e diante da sede da Fundação José Saramago, presidida por Pilar.
Segundo ela, as cinzas foram enterradas "sob as raízes de uma oliveira trazida de Azinhaga", a aldeia natal do autor. Há também uma lápide com a inscrição "Mas não subiu para as estrelas, se à terra pertencia", uma frase do livro "Memorial do Convento".
Na noite da última terça-feira, a Casa da América de Madri seria cenário da leitura dramática "Vozes de mulher na obra de Saramago", que contaria com a participarão da própria Pilar e das atrizes espanholas Aitana Sánchez Gijón, Pilar Bardem e Pastora Vega, além da dançarina de flamenco María Pagés.
Como presidente da Fundação e, "sobretudo, como cúmplice de Saramago e militante do mesmo corpo de ideias", Pilar procurou "manter e respeitar" a posição que ele defendia como cidadão e como intelectual.
"Não podemos passar a responsabilidade a outras pessoas. Não vão ser as cúpulas de poderosos que vão solucionar nossa vida e resolver nossos problemas", afirmou a viúva de Saramago, que teve que conter a emoção em vários momentos da entrevista.
"Somos nós cidadãos que devemos ter coragem, ir para a rua, gritar, desmantelar, construir. Esse era o projeto de Saramago, mas também é o meu", afirmou.
A voz de Saramago parece ser escutada na casa que o escritor e sua mulher tinham em Lanzarote, aberta ao público há três meses e que com o tempo se transformará "em uma visita obrigatória para os leitores de todo o mundo", destaca a jornalista.
Entre suas paredes "se percebe a vida de Saramago, se veem seus livros e onde escreveu os últimos romances. As pessoas saem chorando de emoção", relatou.
Após publicar "Caim", o escritor começou uma nova obra sobre a indústria armamentista e o tráfico de armas, que havia intitulado "Alabardas, alabardas! Espingardas, espingardas!", um verso do poeta e dramaturgo português Gil Vicente.
Nesta semana, Pilar, que comemoraria este mês 25 anos de relacionamento com Saramago, participou de vários atos para lembrar a figura do escritor no primeiro aniversário de sua morte.
O principal deles aconteceu no sábado, em Lisboa, quando suas cinzas foram depositadas em frente ao rio Tejo e diante da sede da Fundação José Saramago, presidida por Pilar.
Segundo ela, as cinzas foram enterradas "sob as raízes de uma oliveira trazida de Azinhaga", a aldeia natal do autor. Há também uma lápide com a inscrição "Mas não subiu para as estrelas, se à terra pertencia", uma frase do livro "Memorial do Convento".
Na noite da última terça-feira, a Casa da América de Madri seria cenário da leitura dramática "Vozes de mulher na obra de Saramago", que contaria com a participarão da própria Pilar e das atrizes espanholas Aitana Sánchez Gijón, Pilar Bardem e Pastora Vega, além da dançarina de flamenco María Pagés.
Como presidente da Fundação e, "sobretudo, como cúmplice de Saramago e militante do mesmo corpo de ideias", Pilar procurou "manter e respeitar" a posição que ele defendia como cidadão e como intelectual.
"Não podemos passar a responsabilidade a outras pessoas. Não vão ser as cúpulas de poderosos que vão solucionar nossa vida e resolver nossos problemas", afirmou a viúva de Saramago, que teve que conter a emoção em vários momentos da entrevista.
"Somos nós cidadãos que devemos ter coragem, ir para a rua, gritar, desmantelar, construir. Esse era o projeto de Saramago, mas também é o meu", afirmou.
A voz de Saramago parece ser escutada na casa que o escritor e sua mulher tinham em Lanzarote, aberta ao público há três meses e que com o tempo se transformará "em uma visita obrigatória para os leitores de todo o mundo", destaca a jornalista.
Entre suas paredes "se percebe a vida de Saramago, se veem seus livros e onde escreveu os últimos romances. As pessoas saem chorando de emoção", relatou.
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