terça-feira, 19 de outubro de 2010

Reciclagem também é caridade

Por Giuliana Rodrigues, da ASCOM/UEPB


Que a reciclagem é um dos temas do momento, ninguém duvida. O que poucos enfatizam é a importância econômica e social que ela desempenha, não só para o meio-ambiente, mas para uma infinidade de famílias do mundo inteiro. Se perguntarmos qual o destino do lixo que sai de sua casa ou apartamento, o que você irá responder? O cesto do quintal, do edifício, ou o lixão do município?
Até que cheguem aos aterros sanitários, aqueles sacos plásticos com os restos que não nos servem mais são vasculhados muitas vezes. Nesse processo, eles são desviados, coletados, separados e processados por personagens fundamentais na reciclagem: os catadores de lixo. É surpreendente como ninguém lembra deles na hora de jogar fora restos de comida ou material reciclável. 
Além de diminuir o acúmulo de lixo nas áreas urbanas e contribuir para a fabricação de novos produtos a partir da matéria prima reciclável, os catadores sobrevivem do que muitos consideram inútil. Quem nunca viu carroceiros pelas ruas da cidade vasculhando lixeiras? Enquanto os restos de comida são reservados para lavagem de porcos, os metais, vidros, plásticos e papéis são separados para serem vendidos aos atravessadores. É disto que eles retiram seu próprio sustento e de suas famílias.
Nossa participação neste processo é muito importante e a simples iniciativa de separar o lixo seco (inorgânico) do molhado (orgânico) em cestos diferentes antes de jogarmos fora, já configura um grande gesto de amor ao próximo e ao meio-ambiente. 
Quer ir além? Como a maioria dos catadores não usa proteção, frequentemente ocorrem lesões ou infecções pelo manuseio do lixo. Assim, embale os cacos de vidro ou objetos cortantes em grossas camadas de papel e escreva uma advertência antes de se desfazer deles. Isso evitará que outras pessoas se machuquem.

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