quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Chorei pelo Haiti


     
(chorei por dona Zilda Arns),
       pelas crianças
       - salvas e não salvas . . .

  chorei pelo Haiti,
                             "preciso estar lá,
                               preciso chorar junto com meus pais.
                                           meu país precisa de mim!"
  lamenta estudante haitiano ora estudando no Brasil.
  por que chorar pelo  Haiti ?
  por que sofre tanto o Haiti ?

                                              país das américas,
                                              - exemplo para o mundo -
                                              libertado pelos próprios escravos.
         exemplo temido pelo colonizador.
         o massacre foi iminente (tipo Canudos, Paraguai)
                               prá não se por de pé: nunca mais.
         Chorei pelo Haiti,
         onde a elite corrupta aprendeu rápido a lição: da traição, do saque e do massacre.
         de pé, nunca mais: a dor da opressão.

   somado a tirania, a baixa qualidade de vida, os desastres naturais.

         chorei pelo Haiti,
                                     "meu país precisa de mim,
                                     quero chorar junto com meus pais."   



De autoria do professor José Benjamim Pereira Filho, membro do Neab-í

4 comentários:

  1. Meus caros! Parabéns pelo belo texto!
    A tragédia ocorrida no Haiti pode ter sido a maior de todos os tempos. Não podemos esquecer também da tragédia humana vivenciada pelo povo haitiano antes e depois do desastre.
    Um pvo expropriado do direito a uma vida digna, vítimas histórias de uma verdadeira vergonha universal, incômoda e criminosa que é o flagelo da fome e da falta de quase tudo, inclusive de dignidade humana.
    Que nos sirva de alerta!
    Nossa solidariedade ao povo do Haiti.

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  2. Que lindo, Benjamim!
    Lindo!
    Belo.
    Tristemente belo.
    Ao falar da dor sangrenta e dilacerante do povo haitiano, “chorei pelo Haiti” estampa a beleza da tua sensibilidade aguçada em todo seu conteúdo:
    * Zilda Arns – arquétipo de humanismo, solidariedade e construção da paz, nos lares famintos. Porta bandeira da Saúde Coletiva.
    * crianças – protótipo da Esperança de qualquer povo
    * estudante haitiano – consciência solidária
    * “país das Américas,
    - exemplo para o mundo -
    libertado pelos próprios escravos.” – história crítica / comprometida com a libertação dos povos oprimidos.
    Que o caos fabricado pela opressão, ao longo da história do Haiti, potencializado neste momento trágico, por mais absurdo que pareça, possa prenunciar um Novo Tempo de Vida para todo o seu povo.
    Elisete

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  3. É doloroso conviver com a falta que nós e as crianças brasileiras iremossentir com a ausência da Drª Zilda Arns. Lamentamos pelo Haiti tão desprovido de tantas faltas e falhas humanas. O Haiti convive um momento sem rumo, que rumo os grandes "imperadores" irão conduzir para construir um novo Haiti e oferecer condições dignas para a nação. Meus amigos as doações do mundo inteiro estão chegando e as doações de celebridades do mundo inteiro estão se pronunciando, realmente seria necessário o presidente dos Estados Unidos anunciar que Clinton e Bush irão movimentar essas doações em dinheiro em benefício dos povos haitianos? Todo o Universo está voltado neste momento tão preocupante. Mais deixo a minha crítica as famílias brasileiras, precisamos ajudar nossos irmãos, precisamos ser solidários com a causa. Mas, ontem deu a notícia que 300 famílias brasileiras tinham feito o cadastro no consulado do Haiti no Brasil para adotar crianças, linda atitude, parabéns!! E as nossas crianças brasileiras no convivío brutal com uma sociedade preconceituosa, nossas crianças estão sem um amanhã garantido. Olhem o q está ocorrendo nas periferias dos grandes centros urbanos no Brasil? Então as famílias brasileiras devem muito ao Brasil, é uma obrigação e dever de ajudar o seu país. Estou em oração pelo povo Haitiano, no momento estou fazendo a minha parte.

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  4. Que situação Benjamim!!!

    Tanto chorei tanto revoltei-me, quanto sinto que talvez, 'não tenho provas' os desastres que "parecem" naturais, não seja de fato um extermínio.
    Sofro por ter este pensamento. Além de lamentar e saber que o Haiti precisa de nós, choro pela humanidade que se perdeu de vez. Em vez de armas e guerra bélica, é a instauração da guerra sem nome, sem responsável, quando de fato a tecnologia e o consumismo tem responsáveis e endereço.
    Choro contigo!!!

    Josélia Batista.

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