sexta-feira, 13 de abril de 2012

Flores no Câmpus

Por Severino Lopes (jornalista)


Os versos do escritor e romancista Ariano Suassuna traduzem a beleza das flores e o perfume que elas exalam. Plantadas nos campos, campinas, praças públicas ou jardins, elas remetem a poesia, a escritos amorosos e a perfumes suaves, espalhando aromas multivariados. Com a mesma sensibilidade poética do escritor paraibano, a professora Wanilda Lima Vidal de Lacerda, do Câmpus III da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), localizado em Guarabira, lançou o projeto “Flores no Câmpus, com flores do campo”. A princípio, a ideia era recompor os canteiros do Centro de Humanidades com plantas nativas da região do Brejo paraibano. 

Para ver o seu sonho virar realidade, a professora solicitou mudas ao viveiro da Instituição, instalado em Campina Grande, e, simultaneamente, mobilizou estudantes, professores e servidores técnico-administrativos que são sensíveis à natureza. O objetivo é semear flores no jardim do Câmpus III, em um trabalho coletivo no qual cada um será responsável em trazer de casa, uma muda adequada ao jardim. Não precisa ser uma muda de árvore, mas plantas rasteiras, arbustos, roseiras, plantas medicinais. 

As mudas cedidas pelo viveiro da UEPB foram plantadas e, hoje, embelezam o prédio do Câmpus de Guarabira. Rapidamente os cheiros de roseiras, cravos, margaridas, violetas e tantas outras flores nativas de nossa terra se espalharam. Cores e perfumes transformaram a entrada do Câmpus em um cenário repleto de beleza. O local, preparado pelos coordenadores do projeto, está todo gramado e com algumas flores plantadas. 

Na tentativa de ampliar o projeto, a professora já prepara uma nova campanha, visando envolver os estudantes em um novo plantio de flores. Ela acredita que com a chegada das chuvas, os estudantes irão se sentir incentivados a abraçar o projeto. Segundo a professora, o período de chuva facilita o trabalho do pessoal de apoio e com a compra ou doação de terra para jardim, estrumo animal e o corte do solo há uma maior penetração da água e melhor distribuição dos canteiros. “Por enquanto, estamos com o clima seco, aguardando a chegada das chuvas para deixar as flores ainda mais belas”, explicou. 

Nessa nova etapa do projeto, a professora disse que a comunidade acadêmica também pode contribuir com a doação de plantas ornamentais, que nem sempre floram, mas que têm um colorido das folhas que também alegra o coração e modifica a paisagem do local. Diretor do Câmpus de Guarabira, o professor Belarmino Mariano Neto garantiu que irá incentivar os estudantes e professores a retomarem com mais entusiasmo o projeto. A iniciativa, segundo ele, é louvável e já começa a mudar a paisagem do Câmpus.

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