sexta-feira, 24 de maio de 2013

O belo em um local inusitado

Por Juliana Marques (Comunicóloga)


Onde encontrar a beleza? Para o psiquiatra Augusto Cury “A beleza está nos olhos de quem vê”. No cenário socioeconômico e cultural da atualidade, somos condicionados a achar bonito aquilo que o mundo nos apresenta dessa forma. O belo é tido como algo luxuoso, caro, padrões inalcançáveis na sociedade em que vivemos. O próprio significado da palavra, determinada pelos dicionários é de algo soberbo, majestoso, o oposto ao termo “modesto”. Mas, por outro lado, há controvérsias quanto ao verdadeiro sentido e lugar onde se encontra o que é belo. Alguns tentam criar uma teoria de que belo é o que encanta, provoca admiração, mas, será que a beleza e o encanto que ela provoca também não podem estar presentes na simplicidade?


Ao seguirmos a nossa vida, rodeada de rotinas, cronometrada em cada milésimo de segundo, deixamos passar por nós uma infinidade de oportunidades de apreciar o belo, que se apresenta nos mais variados e inusitados lugares e situações. Foi numa simples aula de campo realizada no terreno utilizado como estacionamento do Campus V da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em João Pessoa, que o professor Cleber Salimon e seus alunos do componente curricular “Ecologia das Populações”, que compõe o curso de Ciências Biológicas, puderam provar que realmente “a beleza está nos olhos de quem vê”.

Após fotografar as várias flores e folhas presentes no local, o grupo se surpreendeu com o resultado
captado pelas lentes da câmera, lindas espécies que pareciam oriundas do mais belo jardim, mas, que, no entanto, estavam ali, perto do local onde muitos transitam todos os dias sem percebê-las. Dentre as espécies fotografadas estavam plantas da família das mimosaceaes, fabaceaes, asteraceaes, verbenaceaes, nyctaginaceaes, entre outras.

“A opção de fazer a aula prática neste terreno do campus V foi meramente pelo fato de encontrarmos dificuldade em conseguir transporte para deslocar os alunos para alguma área de preservação. Também existe o fato de que a aula dura somente duas horas, o que dificulta para nos deslocarmos, fazermos a prática e voltarmos a tempo dos alunos assistirem as outras aulas. Além disso, como uma aula prática tem como objetivo reforçar conceitos teóricos através de atividades nas quais os próprios alunos sejam capazes de perceber os atributos ecológicos que falamos em sala de aula, isto pode ser feito em qualquer lugar que haja uma população biológica”, explica o professor Cleber.

O professor Cleber destaca ainda que quando olhamos a natureza de longe deixamos de perceber os pequenos detalhes, pequenos animais ou flores e folhas. “Eu pessoalmente já havia notado previamente esta diversidade ‘liliputiana’. Mas os alunos só a perceberam ao se debruçarem no gramado e olharem detalhadamente. Acredito que poderíamos aproveitar esse potencial e tornar estes gramados mais belos.”, destacou.

De acordo com o diretor do CCBSA, professor Francisco Jaime, há um projeto que está em fase de implantação para uma ação de paisagismo na área do estacionamento do Campus V, prevista para ocorrer dia 11 de junho. Ao todo, serão plantadas 67 mudas de espécies frutíferas e árvores da mata atlântica, incluindo: pau-brasil, ipê-amarelo, ipê-roxo, cássia-rosa, jasmim-manga, pata de vaca, jambeiros, mangueiras, cajueiros, acerola e azeitona preta. A iniciativa prevê que cada aluno, professor e técnico administrativo seja responsável por uma das plantas, cuidando destas espécies após o plantio.

As plantas são provenientes de viveiros dos câmpus da UEPB em Campina Grande e Lagoa Seca, mantidos pelo Programa “Adote uma árvore”, que é coordenado pelo professor Ivan Coelho; do Horto Zoobotânico de João Pessoa, da SEMAM e Parque de Exposições Agropecuárias de João Pessoa. Além da questão ambiental e paisagística, esta atitude segue um simbolismo referente ao Campus V, que, dentre as ações de sua inauguração, em agosto de 2006, contou com uma atividade de plantio de árvores no prédio da ESPEP, onde funcionava o Campus naquela época.


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Natureza exuberante

Por Severino Lopes (jornalista)


Quem pensa que a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) é um terreno fértil e pródigo apenas no conhecimento científico que torna seus estudantes aptos para enfrentarem o mercado de trabalho, está enganado. Além de instituição pública comprometida com o desenvolvimento social e econômico do Estado, a UEPB ainda tem como preocupação garantir, preservar e desenvolver ações relacionadas ao meio ambiente.

Assim acontece, por exemplo, no Campus I, em Bodocongó. No local, cercado por um verde convidativo, a natureza surge com beleza exuberante que enche os olhos de quem frequenta o local. Dentro e ao redor do campus, o verde predomina, transformando-se numa reserva preservada em plena área urbana da Rainha da Borborema. Nela, a natureza viva se manifesta e pode ser vista em todos os lugares.

No Campus de Bodocongó, homem e meio ambiente convivem harmoniosamente. Sem agressão ou depredação ambiental. Basta ver a beleza e a confiança dos micos saguins tranquilos, pulando de galho em galho. Em todas as árvores plantadas ao redor do CCBS, eles brincam certos de que, naquele território, o homem não lhe ameaça. Quem testemunha a cena apenas aprecia e se encanta.

Árvores das mais variadas espécies, coqueiros, flores, folhas e frutos mostram que o Campus tem vida em toda a parte. Cajarana, mangueira, juazeiro, cajueiro e figos são algumas das árvores que, generosamente, geram frutos que podem ser alcançados por todos que entram no local. Muitos não resistem e colhem os frutos. Tudo natural.

O Campus I respira natureza. No Centro de Integração Acadêmica, o cenário é de cartão postal. Plantas florindo nas cores vermelha e amarela, relva verde, um pé de juazeiro e um beija flor pousando, embelezando ainda mais o local. A arquitetura da Central de Aulas ganhou uma paisagem ainda mais bonita, com os canteiros de flamboyant floridos e exibindo suas cores. O flamboyanzinho da UEPB já floriu e tem atraído beija-flores, borboletas e abelhas.

Em outros compartimentos do Campus, os muros e cercas de arame foram substituídas pela “Cerca Viva”, que proporciona beleza e segurança à comunidade acadêmica. O plantio das cercas vivas foi iniciado na entrada principal da UEPB, próximo à guarita, e depois se estendeu para o prédio das Três Marias e outros espaços do Campus.